Nesta quarta-feira (11) o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) realiza uma reunião com os trabalhadores que são credores da antiga Comercial de Alimentos Piratini. O objetivo principal é tratar sobre esclarecimentos a respeito da venda de uma área de campos que pertencem aos ex-proprietários da empresa, mas também sobre a inexistência de outros bens ou imóveis para quitar as dívidas com os empregados.
A ação trabalhista do Sindicato contra a Comercial de Alimentos Piratini está em andamento desde 1993. No entanto, como explica o coordenador do Departamento Jurídico do Sindicato, Dr. Álvaro Meira, até o momento não foi possível concluir esse processo. O Sindicato busca a penhora de bens que pertençam ao sócio da empresa - incluindo outros empreendimentos onde essa pessoa é sócia.
"Isso tem gerado a possibilidade de muitos incidentes, promovido pelo Jurídico desse sócio. E a justiça é flexível a todos os recursos. E nesse caso, eles se referem ao bem penhorado", explica Meira.
Existe uma fração de campos que foi penhorada e arrematada em leilão no valor de R$ 608 mil. A empresa já anunciou que vai recorrer da decisão de venda por esse valor. O Departamento Jurídico do Sindicato já conversou com o Departamento Jurídico da empresa e será possível realizar um acordo, desde que os trabalhadores aceitem receber esse valor e não façam nenhum outro pedido de penhora. Neste caso o processo se encerraria.
"Como não existem outros bens para realizar penhoras, a ideia da reunião é para dizer aos trabalhadores que há a possibilidade de fazer um acordo com o departamento jurídico da empresa , no qual se colocará fim ao processo, mediante o recebimento do valor pago pela arrematação ou até mesmo pela adjudicação (que é o recebimento do imóvel, para venda posterior)", explica Meira.
"Tem sido muito desgastante aos trabalhadores os sucessivos leilões que acontecem no processo e que, todavia, pelo fato da empresa reclamada entender que o preço de venda ficou defasado, apresentar recursos em todas as instâncias judiciais, até Brasília no Tribunal Superior do Trabalho, sem que se consiga o objetivo de pagar os trabalhadores", pondera o advogado.
Foto: Diones Noggueira
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