A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) divulgou na última terça-feira (29) um comunicado à comunidade acadêmica informando sobre o grave cenário orçamentário da instituição para o ano de 2025. Segundo a Reitoria, mesmo com um aumento no orçamento geral das universidades federais, a Unipampa sofreu uma redução de 4,4% em relação a 2024, recebendo R$ 57,1 milhões — valor considerado insuficiente para manter as atividades da universidade até o final do ano. 194e4r
De acordo com a istração, seriam necessários aproximadamente R$ 71,2 milhões para manter o funcionamento nos mesmos moldes do ano anterior. Isso representa um déficit estimado em mais de R$ 14 milhões, o que, na prática, significa que os recursos disponíveis só garantem a manutenção das ações e serviços até setembro deste ano.
O comunicado destaca que as dificuldades enfrentadas são consequência de um histórico de desinvestimento na educação federal, com sucessivos cortes desde 2019. Além disso, a Unipampa ainda aguarda a publicação do Decreto de Descentralização de Recursos por parte do governo federal, o que compromete o planejamento financeiro e operacional da instituição.
Entre os impactos da restrição orçamentária estão a limitação de investimentos em infraestrutura, manutenção, renovação de equipamentos, climatização de ambientes e apoio às unidades acadêmicas. Apesar do cenário crítico, a Reitoria garante que não haverá cortes nas bolsas de permanência estudantil, consideradas estratégicas para assegurar o o e a continuidade dos estudos de alunos em situação de vulnerabilidade.
A Reitoria afirma estar em constante diálogo com o Ministério da Educação e com outras universidades federais, buscando alternativas para recomposição e suplementação do orçamento. Em reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), realizada nos dias 23 e 24 de abril, o Ministério reafirmou o compromisso com a recuperação orçamentária do setor. No entanto, a Unipampa alerta que, mesmo que haja recomposição dos valores de 2024, isso ainda não será suficiente frente ao aumento anual dos custos operacionais.
A gestão da universidade conclui o comunicado apelando por compreensão, união e engajamento de toda a comunidade acadêmica para enfrentar os desafios com responsabilidade, diálogo e resiliência.
Foto: Diones Noggueira
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